sábado, 5 de dezembro de 2009

Consumo no natal!









Outro dia recebi um texto muito interessante sobre o Natal. Nele se falava sobre seu significado - simplificado para meu filho como o aniversário do menino Jesus - e sobre a compra dos presentes. O interlocutor descrevia sua busca por um presente interessante ao festejado e a "pequeneza" de todos eles diante de "Seu" exemplo!


Se realmente pensarmos sobre a troca de presentes como um simbolismo dos presentes que deveriam ser dados ao aniversariante, não deveríamos entrar nessa loucura que a mídia nos impõe e que já nos acostumamos. Lojas lotadas, shoppings insuportáveis, trânsito, tentações do parcelamento, do cartão de crédito ...ufa! Sentamos à ceia esgotados.

Uma vez uma vendedora de shopping me confidenciou que saía tão tarde e tão cansada no dia 24 de dezembro que sequer partilhava da ceia com a família, preferia tomar um banho e cair na cama. Não tiro sua razão diante da loucura que se torna o comércio desde os primeiros dias do mês de dezembro - e agora cada ano mais cedo.
Até bem pouco tempo a montagem dos enfeites e início do ritmo natalino tinha dia certo para começar: um mês antes do natal. Antes disso não se viam produtos sazonais como panetones, castanhas entre outros. Era interessante esperar por eles. Agora compra-se panetone o ano todo, enfeites de natal logo após o dia das crianças.
Outra alegria era minha caixa de correio: cartões lindos, decorados, aquela sensação única da lembrança do amigo, o cheiro do papel novinho em folha, as imagens que nos transportam ao imaginário...não tenho há anos nenhum cartão em papel, o carteiro virou entregador de contas.
E por falar em carteiro...todos os prestadores de serviços querem caixinhas de natal. Incorporou ao salário. O entregador de conta de água acha que fico feliz com o serviço que me presta - que poderia muito bem ser suprido pelo coitado do carteiro que não me traz mais cartas - e acha que tem que ganhar gratificação....em novembro, claro porque é "a última leitura do ano"....ahhh por favor!
Nos faróis não sei pra quem olho: o papai noel que joga bolinhas pro ar, o palhaço que faz malabarismo, o menino que tenta limpar meu vidro ou a entregadora dos panfletos de um carro 2.011...sim, os carros zero também avançam no tempo e são lançados dois anos antes....
Ah...estou cansada desse ritmo. Não anseio mais pelos preparativos. Sabe a história de curtir o processo...eu tenho curtido mesmo é o fim. E olhe que tenho criança pequena, que ainda acredita na magia e no papai noel.
Vamos então preservar o verdadeiro sentido do natal e celebrarmos a vida com aqueles que amamos!
Feliz Natal!












segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Será o retrocesso o segredo da evolução?


Tenho pensado muito sobre algumas invençõs que vem sendo abandonadas em prol de um futuro melhor. Quando era pequena, uma vizinha amiga, estudava em uma das melhores escolas da cidade. Ela e seus dois irmãos e os pais sustentavam o padrão de vida produzindo sacolas de feira.
Nos tempos em que as frutas e verduras eram compradas nas feiras de rua, todos tinham em casa algumas sacolas e um carrinho para ir à feira e trazer suas compras. Depois as feiras foram substituídas por sacolões, super, hipermercados onde embalavam nossas aquisições em muitas sacolas plásticas. Agora nos convencem a usar sacolas retornáveis, camufladas sob o "estrangeirismo" de "ecobags"...nada mais que as velhas sacolas de feira que também tenho visto novamente à venda.
Lembro também do tempo em que refrigerantes eram vendidos com a troca do casco...retornando agora com a Coca-cola. Minha mãe negociava o refrigerante em casa com nossa ajuda no supermercado e com as garrafas. No Carrefour passávamos antes na troca de vasilhame, que ficava no estacionamento. Eles davam um vale que era trocado no caixa após a compra.
Outro retrocesso é a supervalorização do exercício físico. Não que ele não seja importante, o fato é que antigamente fazia simplesmente parte da nossa vida diária simplesmente porque era um meio para realizar nossas atividades. Andava-se pra chegar a algum lugar, subia-se escadas para içar andares mais altos, carregava-se sacolas porque tínhamos que levar nossas coisas. Agora, temos tantas coisas rápidas, elétricas, mecânicas, etc, que deixamos de nos movimentar para tudo e então temos que nos obrigar a movimentar para exercitar o corpo.
E o sabão feito com óleo....achava nojento, mas era feito por economia pela minha avó. Agora voltam a me pedir óleo usado em garrafas para fazer sabão: ecológico, reciclagem....ai ai ai
Acho que o segredo do nosso futuro é então um certo retrocesso, avaliarmos o que era bom ou viável e reincorporarmos às nossas vidas, por necessidade até, para que possamos continuar vivendo e usufruindo de nosso planeta.

Cooperem, palpitem...mandem coisas que lembram-se do passado e que estão voltando à "moda"!

domingo, 2 de agosto de 2009

Dicas econômicas da velha chata

A pedidos, inauguro a série DICAS DA VELHA CHATA com várias sugestões de consumo consciente e de economia no bolso no fim das contas. Espero que gostem:



1) Reclame, reclame, e reclame:

Não aceite menos dos produtos ou serviços que adquire. Todo investimento com embalagens, manuseio, perdas, publicidade estão embutidos no preço que você paga. Assim sendo não podemos aceitar o "mais ou menos". Além do que, se não tem retorno, as empresas acham que estão agradando e continuam a agir da mesma forma. Leve a sério a gravação: "sua ligação é muito importante para nós."



2) Ao reclamar priorize o email. Se não for possível procure o SAC aliado ao 0800 (ligação gratuita):

Quando você for entrar em contato com a empresa, pense que se você conseguir fazê-lo por email vai realizar seu contato sem espera, musiquinhas irritantes ou enrolação. Além disso poderá fazê-lo a qualquer hora, adequando a sua rotina, assim como a resposta independe de horários. Claro que o retorno teu que vir prontamente. Se isso não ocorrer alie-se ao SAC gratuito. Não importa a demora você não estará pagando pela ligação.



3) Se for usar um contato de 0800 - ligação paga pela empresa - use o celular para fazer a chamada:

Sim, se você pretende fazer uma reclamação geralmente já se prepara para longas esperas com musiquinhas irritantes não é? Porém você pode minimizar o problema realizando a chamada através do seu celular. Isso porque como a tarifa sai mais cara para a empresa, eles atendem mais rapidamente . E ainda, caso demore, você pode fazer outras coisas enquanto espera colocando no viva-voz.



4) Ao invés de reclamar para os outros, reclame diretamente para o causador do problema:

Não faça de suas reclamações uma lamentação sem sentido. Direcione para quem realmente te causou ou pode resolver o problema. Você pode se surpreender com uma solução que nem imaginava.



5) Em compras de legumes e frutas em supermercados que pesam no caixa, confira na nota se o produto foi corretamente classificado na pesagem:

Com tanta variedade nova de legumes e frutas no mercado, muitas caixas não conhecem todos os produtos e na hora de pesá-lo, passam o código de outro. Incrivelmente elas sempre erram para produtos mais caros: melão amarelo passa por melão orange, pepino caipira por penino japonês....pequenas diferenças no nome, abreviadas na nota fiscal que podem fazer seu produto passar de 100% a mais no preço por quilo. Já peguei diferenças de até R$ 13,00 em uma única compra.



6) Pechinche sempre:

a) Muitas coisas se tornaram mais populares como TV a cabo, internet banda larga, a telefonia tem muita concorrência.. Serviços que vcê tem há tempos podem estar sendo vendidos por um preço inferior. Se já estiver fora das carências, solicite enquadramento no novo plano afirmando que pode sair e comprar no novo preço.

b) Valor em várias vezes é sempre embutido de juros: se vai pagar à vista peça desconto. Se não derem,compre no carnê e o pague de uma só vez no dia seguinte: confira como dão desconto pela quitação.

c) Se vai pagar em dinheiro, tente um desconto. Eles pagam até 5% do valor da compra para a operadora do cartão. Funciona muito bem em lojas pequenas.



7) Faça contas:

Sempre calcule se vale à pena rodar mais pra pegar aquela promoção imperdível a 15 Km da sua casa...será que o desconto não vai ser consumido em combustível - pense mais amplamente: cada Km rodado gera desgaste do carro, tempo resultando em dinheiro...calcule tudo isso e acrescente à oferta. Vale à pena mesmo?

continua...

Coleta seletiva

Um hábito tem duas tendências: geralmente os que são fáceis de se adquirir, são dífíceis de se perder...e se difíceis de se criar são por vezes fáceis de se perder. Ou seja a máxima da velha guarda: "tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou engorada" pode ser expandida para aquilo que a gente acostuma logo é gostoso e ao que acotumados fica difícil de perder.
Já o que não é tão gostoso assim ou trabalhoso....hum...rapidinho, sem incentivo perdemos o hábito. E foi essa minha briga dessa semana com a Prefeitura. Aqui implantaram coleta seletiva do lixo, após tanta insistência da gente. Vieram os panfletos, as orientações das Cooperativas...hábito difícil de criar, muitos resistiram...disseram não ter resultados, outros achavam que dava trabalho. Enfim, o processo de conscientização foi longo, trabalhoso e corria o risco de se perder em pouco tempo.
Ocorre que depois que todo mundo aprender, incorporar o hábito por semanas no dia certo a coleta não passava.
A vizinhança já estava desistindo. Ao contrário disso eu resolvi botar a velha chata em ação: literalmente infernizei! Ligações ao 156, e muita paciência. Tem que ter.
Fato é que a cidadania envolve muitas partes e o Poder Público tem que fazer a dele. A coleta seletiva dimimui o lixo nos aterros, mas principalmente dá uma vida digna a muita gente. Os catadores tem sido desestimuladas por queda nos preços da sucata atribuídas à crise. Tem que se valorizar esse profissional que promove a corrente da reciclagem. Não deixemos que ela pare.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Obituários

Uma vez uma amiga jornalista me contou que a imprensa já tem pronta obituários da maioria dos grandes nomes e estrelas. Na hora de "usar" por assim dizer, eles só atualizam, acrescentam poucas coisas e publicam.
No momento em que ouvi achei estranho, meio mórbido pensar que aquele caderno que sai no jornal logo na manhã seguinte já estava pronto há muito tempo...perdeu a magia de imaginar como fizeram tão rápido...ilusão. Não existe magia no mundo corporativo, não iriam mobilizar todos os editores para uma causa simples e definitiva da vida: a morte.
Fato é que mesmo nessa hora, Michael Jackson agiu como ídolo pop: deu tempo para a preparação. Nas notícias desencontradas e não confirmadas, todos já se agitavam e procuravam juntar informações, imagens para divulgar.
A lenda pop sempre cercada de polêmicas não poderia ter um fim diferente. Grandes mitos desaparecem no tempo e espaço e assim são eternizados. Não envelhecem imitados à exaustão como Elvis Presley até hoje.
A verdade é que como bem definiu Barack Obama em seu pronunciamento Michael teve uma vida de triste e de tragédias. O astro que começa criança e não podia brincar...que cresce famoso e não pode sair, que envelhece menos idolatrado e não aceita...
Quem sabe a mudança de fisionomia não era uma tentativa vã de fugir de si mesmo?
Fica a lenda, e a obra que transcendem o tempo marcado pelo homem.

sábado, 13 de junho de 2009

O consumo consciente em organização de festas

Não pensem que não curto festas...só quero alertar sobre o consumo consciente.

É impressionante como a sociedade atual nos "empurra" para a necessidade de ter tantas coisas nas datas comemorativas e nas festas em geral. Além do consumismo exagerado que a publicidade nos vende fazendo o cidadão se sentir o pior dos piores por não ter comprado tal produto, ainda temos a questão da ambientação das festas que também foi industrializada.

A organização de uma festa animada passou a contar com ítens obrigatórios -a meu ver nem sempre necessários - e que são uma verdadeira afronta ao meio ambiente. Ao término do envento vemos uma montanha de lixo acumulado que não é reaproveitado.

As bandeirinhas de festa junina, antes confeccionadas no famoso "papel de seda" tão fininho, tão rapidamente decomposto, deu lugar a bandeirinhas de plástico, baratinhas, mas que levam muito anos pra serem absorvidas. O cachorro quente, a pipoca, o quentão...tudo vai pros recipientes plásticos que vão pro lixo - quando vão...em geral ficam no chão a ser varrido no fim da festa.

Nas festas de aniversário tudo é descartável do prato e copo até as bandejas muitas vezes. Fora as caixas de isopor pra conservar quentinhos os salgadinhos.


E a moda das festas de debutantes e casamentos? Viraram super eventos onde é obrigatória a distribuição de vários acessórios como óculos, antenas e cogêneres para garantir a diversão. Acontece de todos são feitos de plástico e não passam da porta do carro. Isso se alguém que passou da cota na bebida não resolver jogar pela janela do carro.

Ah gente, a festa fica linda de qualquer jeito com boa comida, bom papo, boa música. Não precisa mais que isso pra animação. E fazer a decoração, manualmente também acaba fazendo parte do ritual da curtição da festa, começamos a curtir antes. Tente, invente, faça diferente!


quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Política do Pão e circo....

Uma das matérias mais fascinantes da faculdade de direito na minha opinião foi o Direito Romano. Não sei se essa predileção deriva do fantástico educador Del Nero (João Alberto Schutzer Del Nero) ou pela cultura que até hoje influencia diversas características sociais, intelectuais e legislativas.
O regime monarquista do Império Romano assim como o Brasil, tinha diversos problemas sociais. Enquanto a escravidão gerava desemprego na zona rural, esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Parece familiar? Pois a solução encontrada pelo Imperador Romano da época não parece muito diferente das promovidas atualmente pelo governo Brasileiro.
Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.
Pois bem, enquanto o governo Brasileiro associa a crise mundial a uma "marolinha", a doença de sua possível sucessora a algo facilmente tratável, o desemprego aumenta e o poder de compra da classe média cai a cada dia, além claro, de se protelar indefinidamente com manobras absurdas a CPI da Petrobrás. Porque será?
Sua mais nova manobra junto ao Governo Chinês, que "adiantou" 10 bilhões de dólares em troca de 200.000 barris de petróleo por dia pelo período de 10 anos....sim você leu corretamente 10 anos. Fazendo a conta: 200.000 barris por dia X 365 dias X 10 anos = 730.000.000 de barris
Dividindo US$ 10 bi por 730 mi = US$ 13.69!!!!!!!!!!!!!!!! O preço do barril hoje, a pior cotação dos últimos 10 anos, está em torno de $35-40 (subindo). E já chegou a $150!!!
Assim sendo, a CPI da Petrobrás poderia expôr tal bagatela e perturbar a ordem pública dos 49% de opinião pública (não me pesquisaram e você?) que apóiam o terceiro mandato.
A política do pão e circo então foi implantada aqui também....direta ou indiretamente foi em momento oportuno que um avião moderno desaparece, cai, levando passageiros ilustres ou não. E assim, a mídia em geral fica tão comovida que passa a exibir incessantemente explicações ou especulações sobre o acidente, sobre caixas pretas, outros acidentes, vítimas, histórias pessoais.
Pra mim chega! Não quero mais um caso Isabela Nardoni na minha tela - quando tive que abandonar a televisão por algumas semanas pois não queria contaminar a cabecinha de meu pequeno filho com desgraças. Tenho certeza que quando acharem um corpo decomposto, cujo rosto foi comida por peixes vão mostrar em close. Não obrigada!
Buscam uma caixa preta....eu gostaria que implantasse uma caixa preta nos acordos internacionais, no congresso e depois a buscassem com o mesmo empenho!
O circo está ai pessoal, só falta junto das imagens mandarem uma porção de batatas fritas....e não pensem que a idéia é revolucionária. "Sin perder la ternura"...companheiro!
E depois eu é que sou chata!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Felicidade para todos

Esse é o primeiro post que surgiu em parceria. Obtive as seguintes informações de uma amiga e me interessei pelo assunto.

Você já ouviu falar em FIB? Pois essa idéia vem sendo discutida pela UNICAMP e em outras comunidades para aplicação em breve em nosso país. O índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) já está sendo usado para orientar políticas públicas, empresariais e até pessoais partindo do princípio que a satisfação de uma pessoa, ou dos habitantes de um país, depende do contentamento que se tem em nove áreas diferentes.

A maioria das pessoas tem muita dificuldade em responder se são felizes ou não. Pensando nisso, Jigme Singye Wangchuck, então rei do Butão – pequeno país entre a China e o Tibete – há mais de 30 anos criou um índice de desenvolvimento social baseado em pesquisas que procuram mapear o que pode trazer felicidade para seu povo.
Hoje a idéia já está disseminada em vários países, inclusive o Brasil que sediará em novembro próximo o Encontro Internacional sobre o tema. Segundo o ministro do planejamento do Butão uma das melhores maneiras para se buscar mais felicidade é determinar com detalhes o que nos traz sofrimento e alegria.


Apesar de suas riquezas naturais e preservação ambiental, o Butão acabou se tornando conhecido por ser um laboratório onde se gestam possíveis rumos para o futuro da humanidade. Procura-se criar critérios que determinem a satisfação de vida e bem estar físico e psicológico. Atualmente o FIB tem 9 indicadores gerais, subdivididos em 73 itens.
Tais fatores vem se relacionando ao desenvolvimento de um país, medidos pelos índices de qualidade de vida reconhecidos pela ONU. E os dados da FIB são constantemente atualizados.
A idéia atual é se aplicar o FIB localmente para que posteriormente possa ser usado como referência para políticas públicas governamentais. No Brasil esse projeto vem sendo aplicado em cidades do interior e já ganhou militantes entre o governo de capitais. Os coordenadores locais acreditam que o país tem potencial para se tornar o primeiro país do mundo depois do Butão a adotar oficialmente o FIB como índice de desenvolvimento social.
Isso porque existe uma tendência mundial a demonstrar que o acúmulo material não trouxe a felicidade esperada. Um entre cada quatro americanos bem sucedidos se declara infeliz.
Diferentemente dos índices econômicos tradicionais, o FIB inclui fatores subjetivos como emoção e causas geradoras de estresse e interelaciona os fatores. Não pode ser bom para felicidade material e prejudicar o meio ambiente. Todos os níveis são considerados iguais e interdependentes. Além disso as atividades econômicas devem se equilibrar com outros campos criando assim políticas públicas integradas. Não adianta investir apenas em um campo como saúde.
O que é avaliado?
O bem estar material está na base da felicidade num patamar mínimo para suprir as necessidades mais básicas do ser humano, mas a conquista da riqueza não deve prejudicar outros fatores como saúde.
Os estudos da FIB no Butão chegaram a conclusão que 6 horas de trabalho são suficientes para manter ativa a economia do país sem prejudicar atividades individuais importantes para a felicidade como: estar com a família, dedicar-se à práticas espirituais, dormir satisfatoriamente e fazer exercícios físicos.
As nove dimensões da felicidade de um país estão contidas nos seguintes itens:
1) Padrão de vida econômica
2) Educação de qualidade
3) Saúde
4) Expectativa de vida e atividade comunitária
5) Proteção ambiental
6) Acesso à cultura
7) Bons critérios de governança
8) Gerenciamento equilibrado do tempo
9) Bem estar psicológico
De tempos em tempos a FIB avalia se as políticas públicas adotadas nesse sentido forem eficientes, e se o forem as pessoas ficam mais felizes.
Se os estudos recentes de universidades da Escócia e da Califórnia, nos Estados Unidos concluíram que 50% da felicidade das pessoas têm origem genética. Outros 40% têm a ver com as nossas atitudes, e 10% com fatores externos, essa atualização do FIB pode ser feita por todos nós: se o índice de felicidade estiver diminuindo, ou se não há um equilíbrio entre as diversas áreas da vida, é melhor agir e mudar o caminho.

Veja mais em:

http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1124168-10345,00-FELICIDADE.html

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/eventos/conteudo_390777.shtml

http://www.felicidadeinternabruta.com.br/

sábado, 16 de maio de 2009

Recebi o texto abaixo reproduzido e atribuído a Martha Medeiros há alguns dias. Ao começar a leitura tive a impressão que alguém, finalmente, poderia lançar um alento sobre a vida da mulher moderna. Ledo engano...acabei a leitura ainda mais frustrada que antes.

A sensação de que não consigo alcançar nem metade das metas que as "superpoderosas" conseguem me atingiu como um raio. Não bastam os modelos de beleza inatingíveis expostos diariamente pela mídia, agora tenho um modelo de comportamente inatingível também.
Dentro da rotina diária de trabalho, filho pequeno, casa, marido, etc, não me sobra tempo para a academia, para o escrever o quanto gostaria aqui, para os tratamentos de beleza, enfim, para nada....sempre que tenho um tempo livre, tenho mais coisas pra fazer do que o tempo permite.
Isso vai trazendo uma insatisfação intensa, prejudicial.

O fato é que independente de dizer não para muitas coisas - eu uso a técnica de tirar os óculos: assim não vejo direito o que ficou sem fazer, a poeira na sala, etc - já tive que dizer não para muitas coisas. Já disse não ao maior luxo da mulher que trabalha fora por pura impossibilidade financeira: empregada doméstica.

A realidade apresentada pela autora é para poucas: "abrir mão da bolsa Prada ou do batom MAC"? Não se abre mão do que nunca se teve...nem sei quem é Philipe Starck.

Alguns nãos na vida da maioria das brasileiras significa abrir mão de carne no almoço. Ou a Sra. pensa que a empregada que limpa sua casa trabalha para comprar coisas para ela? Até mesmo a secretária em seu escritório fica esperando você liberá-la após uma reunião interminável que adentrou a noite para ir pra casa lavar a roupa que a espera e preparar o jantar para bocas famintas.

Você diz que a mulher moderna está muito antiga. Eu penso mesmo é que muitas adorariam voltar à maneira antiga e se limitarem ao lar, pois a modernidade só trouxe a algumas é mais serviço. Trabalhar fora se tornou obrigatório para sustento do lar. Mais de 26% dos lares brasileiros são chefiados por mulheres.

As mudanças sócio-econômicas ocorridas nos últimos tempos têm obrigado muitas mulheres a partirem para o mercado de trabalho não por opção própria mas para ajudar no sustento familiar, na luta pela sobrevivência. Isso porque sabe-se que prevalece no Brasil a cultura machista e o serviço doméstico é pouco dividido principalmente nas camadas mais pobres. O trabalho fora de casa vai acumular...e não tem como dizer Não.

Na outra extremidade estão as workaholics bem sucedidas que tem acesso a todos esses bens, mas realmente não podem abrir mão do excesso e dizer não. Porque o mercado de trabalho, cada vez mais exigente suga. Quer o máximo e mais um pouco. Não há meio termo. Não há como arrumar um emprego e dizer: vou trabalhar só meio período, está bem?

O desafio está lançado. As mulheres apresentam doenças antigamente masculinas e não é à tôa: a exigência no mercado de trabalho sobre a mulher é a mesma, mas ela ao chegar em casa iniciar o 2º round...até Deus descansou no 7º dia. E no domingo, a chefe da família vai mesmo é pro fogão fazer o almoço esperado ainda mais caprichado, afinal neste dia - eles dizem - ela tem tempo.

E depois eu é que sou chata.


MULHERES POSSÍVEIS...
(Texto da Revista do Jornal O Globo)

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a miss Imperfeita; muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy
e muito mais livre para ir e vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philipe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante
."

sábado, 9 de maio de 2009

Dia das mães!

Eis que chega mais uma das datas comerciais mais importantes, mas no meu coração é dos dias comemorativos o mais gostoso!
Primeiramente porque o amor que tenho para minha mãe é infinito.....entretanto depois que me tornei mãe, passei mais do que amá-la a compreendê-la.
Bem que dizem: quando nos tornamos pais, aprendemos a ser filhos! Hum, será então que só aprendemos a ser pais quando nos tornamos avós?
A ótica muda, você passa de pedra a ser janela: vulnerável, visível, tentando exercer sua função de proteger a família de todas as adversidades.
Uma amiga me enviou um texto de outra blogueira sobre seus filhos e as mudanças que eles lhe provocaram:
"Dizem que a gente muda depois que se torna mãe
Eu mudei o corte do cabelo, mudei as minhas roupas
Mudei o tamanho da bolsa, mudei (com certeza) meu corpo
Mudei minhas prioridades, os móveis da sala, mudei os passeios
Mudei o tamanho do carro, o tipo de restaurante
Houve um tempo em que mudar me assustava
Hoje sei que a palavra MUDANÇA vai me acompanhar pra sempre
Vocês mudam o tamanho da roupa
Mudam o número do tênis, mudam também o paladar
Mudam as vontades sempre, mudam da mamadeira para o copo
Mudam da motoquinha para a bicicleta, do brinquedo para o IPOD
Mudam da bóia para o mergulho, dos rabiscos para os desenhos
E um dia vão mudar de casa
Mas a única mudança definitiva é a mudança que vocês causaram no meu coração"
E é assim mesmo, de mudança em mudança o fundamental é que mudamos a maneira de ver o mundo, pensamos no futuro, no mundo que iremos deixar. E assim como se fala tanto na urgência em deixarmos um planeta melhor para nossos filhos temos que pensar seriamente sobre que filhos queremos deixar para esse planeta!
A cada dia vemos mais mães ausentes, inseguras de seu papel nessa sociedade que exige que sejamos mais do que podemos: super mulheres, super mães, super profissionais, super esposas que devem ser super amantes e ai por diante....mas essa é uma outra conversa que vou deixar pra outro dia.
Um Feliz Dia das Mães a todas as mães de sangue e de coração!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Os comentários sobre as sacolas

Como já tinha antecipado a postagem anterior foi de artigo já publicado. Desde então muita coisa mudou!
Na época sequer se falava em sacola reutilizável. O primeiro passo foi a obrigação do uso de sacolas oxi-biodegradáveis que se dissolvem no prazo máximo de 18 meses contra os 100 anos das sacolas convencionais.
O que acontece agora é que os supermercados, acuados pelo preço aproximadamente 15% mais caro tentam se marcarar de ambientalistas para vender sacolas reutilizáveis e assim, além de diminuir o seu custo com o fornecimento de embalagens para as compras, poder vender mais um produto.
Em que pese minha preocupação com o ambiente - já que pareço mesmo uma sacoleira com bolsas enormes onde cabem as pequenas compras e ainda outras sacolas de pano dobradas - levanto aqui a questão do consumidor mais uma vez enganado.
O preço das embalagens estão computados e devidamente embutidos no preço final de cada produto que compramos das prateleiras. Se eu não vou utilizar a sacola, nada mais justo que não pague por ela.
As grandes redes de atacado, conhecidas por preços mais acessíveis, nunca ofereceram embalagens para poderem baratear ainda mais. As sacolas hoje nesses locais são compradas se assim desejar. E não pense que é tão pouco R$ 0,17 por sacola...quantas você usa em uma compra?
Se o consumidor não utilizar nenhuma sacola plástica, a cada valor de compras poderia ganhar uma sacola de pano, ou obter desconto em caixa.
Não sejamos enganamos pela aparente preocupação com a ecologia numa verdadeira investida comercial poderosa. E eu é que sou chata...

domingo, 3 de maio de 2009

O problema do excesso de sacolas plásticas no lixo

Hoje vou postar um texto que escrevi para o jornal de uma ONG em junho de 2.006 e posteriormente comentarei a evolução desde então.


A preocupação com o meio ambiente e a produção exagerada de lixo nas sociedades modernas é tema cada vez mais discutido por ecologistas e todos aqueles que vislumbram o mundo em que viverão as futuras gerações.

O Brasil produz cerca de 150 mil toneladas de lixo por dia. Cada um de nós gera, em média, 1 quilo desse lixo, que vai para aterros, misturando todo tipo de material. Alguns estados brasileiros possuem municípios que implantaram a coleta seletiva, mas ainda são poucos.

Enquanto a prefeitura de sua cidade não age, você pode incorporar alguns hábitos à sua casa. A consciência ecológica que produzirá maiores efeitos à longo prazo está relacionada a pequenos atos que cada um de nós pode adotar sem dificuldade e que farão a diferença imediatamente. Mudanças de hábitos como não limpar calçadas com água, fechar torneiras ao escovar os dentes, tomar banhos mais rápidos já foram há muito incorporados pela grande maioria das pessoas sem qualquer problema e por isso considero que outros poderão se tornar parte comum na vida das pessoas.

Você já parou pra pensar quantas sacolas plásticas temos em nossas casas? Pois a quantidade é minúscula se comparada á quantidade de plástico que se acumula a cada dia nos lixões, reflexo em grande parte das famosas sacolinhas que hoje nos são dadas em qualquer lugar em que façamos compras. Nelas são colocadas desde as compras de supermercado até cigarros, ou apenas 100 grs de queijo compradas na padaria. Voltamos pra casa com alguns produtos e inúmeras sacolinhas que geralmente usamos pra colocar lixo; algumas são tão finas que rasgam e nem pra isso servem.

Todo esse plástico nos lixões vem provocando um colapso ecológico visto que este material não é biodegradável acumulando-se na natureza, sendo que apenas 15% é reciclado.

A idéia simples pra minimizar este problema é evitar ao máximo embalar compras nas sacolinhas plásticas. Se você é consumidor, dispense as sacolas e se vendedor, divulgue essa idéia em seu estabelecimento, fazendo assim as pessoas atentarem ao problema.

Abaixo seguem algumas ações simples que podem fazer a diferença:

1) Leve seu pão ou cigarros da padaria para casa apenas no saco de papel
2) Carregue uma sacola já utilizada na bolsa – elas não pesam nada – e dispense novas sacolas a cada pequenas compras.
3) Se comprou algo que pode ser colocado na bolsa ou carregado na mão, não permita que o vendedor o embale em sacolas
4) Utilize o mínimo de sacolas para embalar suas compras no supermercado, dispensando-as no caso de produtos que já vem em pacotes como cervejas e leite.
5) Se notou que as sacolas do seu supermercado se rasgam ao carregar produtos mais pesados não coloque uma dentro da outra. Pense em carregar o produto sem sacolas ou levar um carrinho ou caixa para tal.
6) Se acumula mais sacolas do que utiliza para fins úteis em casa, ofereça-as para outras pessoas com mais demanda ou mesmo para o seu condomínio, evitando assim que estas dependam de mais sacolas novas.
7) Caso possua pequenas latas de lixo no escritório ou pia do banheiro ao invés de colocar o saquinho deste lixo dentro de outro, despeje o conteúdo diretamente no saco maior reaproveitando o pequeno.
8) Se vai sair para compras e já sabe que voltará com várias sacolinhas, porque não sair com uma bonita bolsa grande onde pode colocar várias coisas, ficar muito mais elegante e dispensar as horrorosas sacolas plásticas????

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A propaganda dos Democratas e a leitura

Um dos meus grandes prazeres é assistir intervalos...sim, os programas por vezes eu até dispenso, mas os comerciais são um vício. E no meio de tantos vídeos criativos, memoráveis sempre encontramos alguma pérola! Quando me mudei para o interior me divertia vendo os comerciais locais pra lá de precários, mas me espantou a insensibilidade de uma propaganda partidária do Democratas que tenta enaltecer as decisões de Kassab na prefeitura de São Paulo: "as duas professoras na primeira série já vem dando resultados: a maioria dos alunos da segunda série já sabem ler..."
Nossa, que maravilha, temos que soltar rojões pois a maioria passa um ano inteiro e consegue aprender a ler...e ainda não sabemos exatamente o que, pode ser que só leiam o próprio nome.
A propaganda alardeia o que de fato ocorre na rede pública do ensino brasileiro: a escola pode até conseguir formar, mas por vezes não consegue informar. Tiram dos cidadãos um direito tão fundamental e o que ninguém menciona - um prazer muito grande - de absorver o conhecimento.
A leitura quando estimulada proporciona compreensão, instrumento para aquisição de todo o conhecimento normatizado que a sociedade levou milênios para desenvolver, e mais o prazer e independência como se à partir dessa conquista pudéssemos gerir nossa própria vida.
Minha primeira experiência com essa conquista se deu 1.982, então com recém completados 6 anos. As notícias de última hora na televisão ainda era divulgadas por escrito na tela, sem as tecnologias de imagem em tempo real de hoje. Sem qualquer narração o desenho animado que assistia foi interrompido por uma tela azul onde estava escrito: "Com pesar informamos o falecimento de Elis Regina".
A emoção que me causou ter conseguido terminar a leitura em tempo hábil e compreender o que estava escrito foi tão grande que me recordo de sair gritando para minha mãe - a quem eu sabia ser fã da cantora - como se o ocorrido fosse a coisa mais maravilhosa do mundo....E também lembro da minha frustração quando ela me descreditou: imaginem, uma menina de 6 anos dizendo ter lido (não ouvido, lido) na televisão a notícia da morte de um ícone jovem da música no alge de seu sucesso? Só podia ser invenção de criança.
Confirmada a notícia é que tive o meu reconhecimento pela leitura, prazer que não foi tirado sequer pela compreensão que veio depois, quando eu virei fã, da verdadeira perda daquele dia.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

As passagens aéreas e os cidadãos comuns

Há cerca de um mês minha cunhada aceitou transferência do trabalho para Brasília. Sim, o Planalto Central ainda reserva boas oportunidades de emprego para aqueles que se submetem a viver num clima seco como o deserto e a um custo de vida bem alto! Nada comparado, claro, à atividade parlamentar. Ser eleito deputado federal no Brasil é melhor que ganhar na Mega-Sena, tão cobiçada por boa parte dos brasileiros.
Em que pese o atrativo do salário, qualquer empregado que recebe uma proposta de transferência para outro Estado tem que ponderar a mudança (a meu ver indissociável do exercício da função), os deslocamentos para visitar a família, entre outros fatores. Isso até mesmo em outros Poderes pois para se candidatar a prefeito ou governador uma exigência já é o domicílio eleitoral no local, o que presume a residência. Se um candidato decide ingressar na magistratura em outro Estado terá que arcar com os custos da mudança. E mais, quando inicia na profissão passa por várias cidades até se elevar do status de substituto e não recebe qualquer benefício a mais por essa prerrogativa do cargo.
Já com nossos representantes do legislativo a coisa é bem diferente...ele se candidata a uma vaga que já sabe ser em outro Estado, mas quer receber auxílio moradia pois terá que se mudar para Brasília para exercer sua atividade. E no fim das contas, não se mudam. Continuam morando em seus estados de origem e devem receber para isso passagens para ir e vir. E para a família ir e vir. Não esqueçam dos amigos. Ahh, e dos agregados.
Meu pai já dizia: agregado não é família! Tenha santa paciência! Passou da hora de os deputados se candidatarem por vontade de fazer algo pela nação e não por interesses pessoais. E para isso, nada melhor que o exemplo do Congresso Britânico que recebe muito pouco. A consequência para pouca remuneração é interesse apenas dos que efetivamente querem exercer aquela função.
Se já sabemos que o exercício daquele cargo é em outro Estado, equiparemos a qualquer outro empregado: eles que pesem se querem ou não mudarem pra lá. E que arquem com a mudança. Pensem se cabe no salário -já polpudo - e se compensa.
E eu é que sou chata?

O blog e a velha chata!

Há tempos venho pensando em divulgar minhas idéias mas até hoje não havia tido nada de específico que me levasse a concretizar o blog.
Entretanto, acredito que quando as coisas devem acontecer algo nos encaminha a elas, como se todo o universo conspirasse a favor.
E assim, as notícias da semana fizeram surgir um grito que precisa sair e que vai dar início a essas conversas. Em geral escrevo sobre fatos noticiados, propagandas, coisas que analiso de outras maneiras, além de muitos fatos sobre direitos do consumidor e consumo consciente, assuntos por que me interesso muito atualmente.
Ahh, e tem a velha chata...a velha chata sou eu mesma. Sim, do alto de meus 32 anos já me enquadro perfeitamente no conceito social da "velha chata". A velha chata questiona, briga por seus direitos, exige o cumprimento a contento dos serviços, compra só o que precisa, pleiteia descontos, escolhe os legumes, verifica datas de validade, cupons fiscais, entre outras coisas.
A velha chata não precisa necessariamente ser velha, já que qualquer menina de 20 anos vira "tia" nas bocas de quem não quer atender como deveria, prestar o serviço como deveria, ter paciência como deveria, dirigir seus carros como deveria, enfim, agir em sociedade como seres civilizados!
Daqui pra frente encontrarão muitas dicas de direitos do consumidor, relatos de "brigas" da velha chata, a rainha do 0800 e SACs em geral.